Um lucro provável

sábado, 29 de setembro de 2018

Quando adolescente
eu juntava fotos
De atores e cantores preferidos.
Como se fossem fotos pessoais.
Ao crescer, joguei fora todas elas.
O lucro? Aprendizagem de
carinho pelo próximo.
Agora, sem a ficção.

EXPOSTA

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Convencida do meu papel de mulher
precisava de uma faxineira para me
ajudar a manter as unhas brilhantes,
os cabelos sedosos e as roupas
 apresentáveis! E ajudar a essa mulher
acreditar-se tão livre quanto eu mesma.
E juntas lutarmos pela igualdade
de direitos e jeitos de ser conhecidas
em nossa forma brilhante de ser.
E fazer existir! É o que proponho.

Café da tarde

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Cá estou com minha
fé:tomo a espersnça
em goles  rápidos
na ânsia de sobreviver.
E a tarde me pega de
xícara na mão
remediando a paz no
coração, entre o café
e a minha emoção!

O milagre

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Desejo meu milagre
todo dia. Toda hora!
E agora...enquanto oro
me demoro a pensar:
o maior milagre
é o tempo ofertado
e o presente de sua
presença, Senhor!
só isso importa.

Destino

Seu nome era excêntrico:
Otália! Lembro-me de seus
olhos castanhos, grisalhos
cabelos, minha mãe!
Seu destino: José.
Homem pequeno, forte
de ser, nordestino!
Sou filha de um destino
lindo e profundo
pois no mundo, não poderia
ser filha de mais ninguém!
Meu destino é forte:
pois a maio sorte foi ser
fruto desse amor.
Pai e mãe! Vida sem fim!

O banheiro

Tem sido lugar de aconchego.
A água fria jorrando o corpo
o espelho lembrando o tempo
momento de reflexão entre
o ser e o devir!
Filosofia pessoal de mulher.
Colher diária de alimento
tormento de beleza e dor
de tempo que passa em
silêncio, mas grita a dor
de ser só, comigo!

A mulher triste

Era uma menina triste
que cresceu na terra
com o verão tórrido
do nordeste meu.
Quis ser mulher fria,
mas não deu.
Quanto mais sofria
mas mulher sensível
se tornou.
Uma mulher só...
não fria!

De bobeira

Olhando o céu...
o tempo,
o nada...e  de
repente, eu me
vi assim...completamente
sem.
E cem vezes mais
pedi a Deus que seja
sempre meu amigo.
Sem ele nada sou!

O piano

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

O piano me fascina.
Acho uma chiqueza
tocá-lo. Coisa de alma
burguesa?  Nada.
Riqueza de alma
que se engrandece
e se enternece num
instrumento cujos
acordes nos levam
além!
O piano faz soar
a melodia dos que
sabem voar...
Eu vou e vôo nas
asas do coração!

O Abraço

Reuni todas as lembranças
de brilhantes momentos
passados juntos. Só colecionei
as coisas boas. E então senti
saudade do abraço.
De tudo, o que mais gostava.
Eu me escondia nele como
abrigo. Mas hoje a recordação
me mostrou que ruiu esse
esconderijo, como nuvem
que passa. As contas dos dias
se foram. E no ar restou
apenas meus braços estendidos
e vazios...gosto de nada!

Claridade

A clara realidade nos assusta,
visto estarmos acostumados
à escuridão dos dias maus.
Nos irritamos com a claridade
porque muitos esqueceram
como é a luz. E não se consegue
lembrar da iluminada forma
de ser feliz. E amar!

E agora, José?

segunda-feira, 10 de setembro de 2018



E agora, José?
A festa não acabou.
A luz continua acesa
A porta não se fechou
O povo? O povo continua aqui.
Curtindo uma saudade danada,
a tua saudade.
As noites neste momento
 são de verão.
E agora, José?
Tiago partiu.
Como ouvi-lo, como sauda-lo?
Nos versos pintados de imagens,
Na prosa e protesto?
E agora, José?
Tiago irmão deixaste sem
voz o meu coração.
Sem discurso ficou, seu estilo
 já não pode beber.
Não podes sair para festejar
 nossa utopia e foi
sem querer?
Você desfalcou nosso quarteto.
Parece que tudo queria acabar.
Mas sua serena palavra
Bibliotecas e quadros
Sua forte lembrança
Mais forte que a morte
Nos deixa com fome de
 sua presença.
Amigo José, prefiro pensar que
você se escondeu,
Nos espia de longe e de longe se fia
em que continuemos a festejar...
 nossa amizade!
Mas...e agora José?
Saudade!


Tecnologia do Blogger.
 
any, a poetisa © Copyright | Template By Mundo Blogger |