Memória afetiva da leitura

sábado, 28 de setembro de 2019

Minha primeira memória de leitura, foram as histórias contadas pela minha mãe: Pele de burro, João e Maria, Bom e Ruim, Moura torta, entre outras do gênero.
Depois vieram os textos da escola. Na terceira série, "o menino triste" comoveu meu coração. E fui aprendendo que as palavras constroem lindos esconderijos. Encontrei-me com Bentinho, Capitu, Iaiá Garcia, Helena, Iracema, garota de Ipanema, Inocência, Tieta, Gabriela, o mundo crescendo: favelas, bairros nobre, problemas de adolescência e parti para livros sobre a psicologia, sobre a auto ajuda, e a palavra sagrada! A leitura me formou, me transformou, me equilibrou.
As histórias de amor, policiais, dramas e tragédias...me serviram de estratégias para a sanidade, para a distração e a aprendizagem da vida.
Há afetividade em nossas memórias literárias. Quem não sente saudade de dona Benta? Quem não se apaixonou pelo galã da novela favorita?
Quem não torceu pelo protagonista do seu romance? Quem não leu "Crime e "Castigo e não se impactou com a subjetividade? E quem leu Senhora,que não tenha torcido pelo final feliz?
O que dizer dos miseráveis? A injustiça magoa e fere a alma. Transforma personalidades. E não há família que não se comova ou se enquadre aos "Éramos seis "
O Ateneu, o Alienista, Quincas Borba ou Memorias póstumas, todas são histórias com contextos de tempo, de raças e classes. Amostras da vida. Vivida, sonhada, sofrida...afetos que se somam às nossas vivências.
O crime do padre Amaro me fez chorar. A cabana do pai Tomás também. A normalista me comoveu. E o Fogo morto me apresentou Lins do Rego. Corri atrás dele em palavras. Li sua coleção. E me encantei. Encontrei "o mar morto" , Capitães de areia, Dona Flor, Gabriela. E aprendi a misturar a Cinderela, bela adormecida, Branca de Neve e demais contos infantis, nesses afetos textuais!
Foi privilégio encontrar todo esse acervo. As secundinos e Luizas da vida passaram por mim. E me apresentaram esses encantados mundos. Proporcionaram um grande prazer: a leirura, aventura de palavra e fé!
É o legado que também quero deixar: afeto de livro, de texto, de palavras. Para meus filhos, meus alunos, todos que cruzarem minha estrada. Uma memória afetiva de leitura.
Boniteza de arte. Sagrada forma de ser!

Esperançamento

Hoje eu ouvi esta palavra.
Não a primeira vez.
Mas hoje ela teve um valor diferente. Busquei analisa-la.
Não é uma simples espera.
É um lançamento de fé. Cimento e concreto alicerce motivador: esperança é algo divino.
Eu diria que é como o sopro de vida pelo Espírito Santo, no santo coração que nos deu.
Eu gardei esta palavra no meu coração. Ela pode ser remédio para os dias tristes.
Também pela relevância e referência de quem a presenteou.
Foi como semente de trigo na seara do senhor.
Alimentei-me!

Receita da felicidade

Observo o índice de receitas espalhadas por ai.
Mas nenhuma que misturados os ingredientes, venha trazer felicidade.
Mas hoje, ganhei uma receita de felicidade: o senhor Jesus me entregou enquanto passeava com Ele, no sagrado caminho( as escrituras):
-seja humilde,
Chore, seja mansa.
Tenha fome e sede de justiça. Atiça misericórdia, se a quiseres de volta.
Limpa teu coração e veja-me!
Promova paz. E receba novo nome: de filho, filha.
E se fores perseguida, ainda assim, serás feliz.
Pois se além da perseguição houver injúria, serás feliz, ainda!
Porque é grande o que te tenho no céu ! Por isso, se alegre!

Caça ao tesouro

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

A minha memória me leva até onde, ou de onde, a oração começou na minha vida. Cartas de infância ao Deus que tudo lê!
E vê cada caminhada de oração, nas minhas estradas silenciosas. Foi ai que começou meu amor pelas solitárias caminhadas matutinas: falar com ele, pedir sua companhia.
Às vezes passava um tempo sem lhe escrever. E até ficava sem convidá-lo para as caminhadas. Mas sempre voltava atrás! Encontrava nas leituras , a madre Tereza, Billy Graham, entre outros que me animavam a prosseguir.
Momentos passados, num.destes em que me entristeci, orei ao senhor:
Pai, estou num barco. Fundo de emoção . Vem me tirar dele! E Deus me ouviu. A alegria ocupou o seu lugar no Espírito. E eu descobri que quando divido com Deus o meu fardo, ele muda a química do meu corpo. Ele reforça os meus nervos. Ele me recria.
Tenho pedido aprendizagem de viver "um dia por vez".
Não posso controlar o passado ou o futuro.
Só tenho um dia. Presente do senhor! E peço sabedoria para maximizar o que Ele quer que seja enfatizado neste tempo.
Cada dia é como uma caça aos tesouros. Tesouros de Deus.
Tudo isso
Para tudo isso, é preciso conexão intencional com Ele.
Para eu acordar, receber um novo dia. E o que me sustenta: Ele está no controle!

Vazio da alma



Quem  conhece o vazio de uma alma?
É  escuro, frio e silencioso
Ausência  de  calor humano.
Constituido de solidão.
É  como viver preso num baú,  com horas fixas para sair.
Com o tempo você  acostuma. E de repente nem sente mais sua rotina. Ela vira ação  automática.  A menos que acorde um dia e de repente se dê  conta que tem alguém  te convidando para entrar num barco em mar aberto.
Ele conduz o barco. E se um dia, quando chegar a tempestade, voce vê-lo adormecido, não  tenha medo. É  que Ele está  em paz. Tem o controle do mar. Todo ele lhe pertence. Ele criou.
Assim como você.  E Ele te ama tanto!  Deita ao seu lado. Pegue  no sono também.  E só  murmure o amém!
O resto é  com Ele...

Anedy Belisario

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