Conclusao

Os impactos do amor
Não são poesia.
Porque não tem fala.
Os abandonos
Idos e idas sem nexo
Sem explicação plausível.
Ficam os nomes dançando

 na mente e as interrogações gigantes
Buracos negros na alma vazia. 

Isso não é poesia.
É dor. Dor deveras.
Adeus, malas, corpo desprendido.
O fato de estar só é mudo.
Que motivos há para poemas? 

Onde?
O sonho escrevendo me responde: sim, o poeta está ressentido.
O mais são nuvens...

Alexandre e Eugenia

Natureza e serenidade.
Casamento perfeito
Feito o grande e a genia
Emoção e razão
Coração . Em minhas andanças e pesquisas,
Alexandre vem derivado da
Romanização entre grego
E latim, significando defensor.
Eugênia, aquela bem nascida. De origem nobre!
Combinação perfeita mais
Que essa existe?
Coisas do criador!

Solidão

A palavra do dia
E uma agonia...dessa ausência de braços para me abraçar ou receber os meus abraços.
Enquanto vou me fazendo de aço. E o embaraço do coração que sangra. Nem grita mais. Só sussurra o socorro de uma presença.

Destino

Seu nome era excêntrico:
Otália! Lembro-me de seus
olhos castanhos, grisalhos
cabelos, minha mãe!
Seu destino: José.
Homem pequeno, forte
de ser, nordestino!
Sou filha de um destino
lindo e profundo
pois no mundo, não poderia
ser filha de mais ninguém!
Meu destino é forte:
pois a maio sorte foi ser
fruto desse amor.
Pai e mãe! Vida sem fim!

O piano

O piano me fascina.
Acho uma chiqueza
tocá-lo. Coisa de alma
burguesa?  Nada.
Riqueza de alma
que se engrandece
e se enternece num
instrumento cujos
acordes nos levam
além!
O piano faz soar
a melodia dos que
sabem voar...
Eu vou e vôo nas
asas do coração!

Claridade

A clara realidade nos assusta,
visto estarmos acostumados
à escuridão dos dias maus.
Nos irritamos com a claridade
porque muitos esqueceram
como é a luz. E não se consegue
lembrar da iluminada forma
de ser feliz. E amar!

Convite

Mais um convite;
Vem ser feliz!
Comigo.

Alerta

Quem disse que o amor é cego?
Eu te vejo!

Decreto

Fica certo a partir desse instante
Que eu não te ame mais.

Certezas

Você ainda verá:
Minha felicidade.
vai doer.
Em você!

O outro lado

Garanto que é amor
desamado.
E que desarmada
amei
Restou o perdão.
Então te absolvo

Mãos

Queria que na viagem,
me levasses pela mão.
Era só isso:
Comunhão,
Com as mãos!

Constatação científica

É simples,
científico;
Você não está
mais comigo!
Mas existo!

Acidente

Ele nem percebe
que sua presença
causa em mim
um impacto diante
da verdade.
Eis o acidente:
AUSÊNCIA!

Lembranças?

Nunca dancei na chuva.
E cá me arrependo.
Queria ter aproveitado mais.
Tomei banho de chuveiro.
Não é o mesmo.
Não fizemos piquinique
mas fomos ao jorro.
E completamos o contraste
de nós: Eu, sempre disposta
a te acompanhar.
Você, nem pensar em ser
visto comigo.
Pena, perceber o quanto
sem valor te sou.
E entre todas, tento guardar
as poucas e boas lembranças.

Contraste

Escrevi vários versos
que te versaram
ou versaram sobre
quem eras, no início.
Você pode conferir.
A porta está aberta.
Os versos continuam cá dentro.
E tenho tentado conservar
a imagem do bem.
Mas o coração está fechado
para o você, de hoje.

conceito de amor

Amor é mais ou menos isso:
Você encontra um olhar
E depois não tem como não ve.
A imagem mora contigo. É a
Fé no outro. O desejo do casamento
Entre as almas.
Nasce então a eternidade

Ciência

Eu te ajudo
e me ajudo.
E acudo
 a beneficência
com a certeza de
que é uma ciência
divina.
A ciência do
receber!
Eu ajudo. E mais
que ajudo,
preciso!

.....

Hoje eu não sei o que me dói mais,
se palavras ou silêncio.
0 si sozinho não faz melodia...
já o SOL!

Sangria

De novo sangrando
a minha ferida.
A minha vida...
De novo. Acho
que é o renovo,
a transição para
a velhice...que o
Rubem chama de
saudade. E se bem
me lembro...aí se partem
as palavras e parem
muitas, tantas...
palavras novas,
desconhecidas
invertidas formas
de dizer.
Coração sangrando o
amor perdido
renascido. A gente
tem tantos outros
dentro de si...