Autoentrevista

domingo, 31 de janeiro de 2021

 Entre os esquecidos, que importância tenho?

Que resultado futuro me espera?

Que cor me prevalece, se acredito-me mesclada de todas?

Se o coração  não  tem osso, por quê dói tanto?

Por que incerteza sobrevém 

Como águas  correntes?

Por que tantos odores e dores neste meu viver?

Já  me rendi a aprendiz, mas a aprendizagem não  tem sido suficiente?

Ou é  por ser carente que nunca me contento?


Anedy Belisario 

Começando a perguntar em 2021


Que resultado futuro me espera?

Que cor me prevalece, se acredito-me mesclada de todas?

Se o coração  não  tem osso, por quê dói tanto?

Por que incerteza sobrevém 

Como águas  correntes?

Por que tantos odores e dores neste meu viver?

Já  me rendi a aprendiz, mas a aprendizagem não  tem sido suficiente?

Ou é  por ser carente que nunca me contento?


Anedy Belisario 

Uma vara

terça-feira, 26 de janeiro de 2021



Estudando a palavra de Deus

 e vendo os milagres que ele faz, refletindo nos milagres que Jesus nos liberou a 

fazer em seu Espírito, eu me pus a pensar:

 o que tenho, senhor?

 Que bênção  posso espalhar e anunciar? Sinto- me

 tão  frágil,  pequena,

 até  inútil  às  vezes. 

Ele então  me chamou atenção: o que tens, nas mãos,  em tua posse? Qual a tua vara?

Ao lembrar de Moisés  e da diferença  de uma

 vara em suas mãos,  eu disse: as palavras trabalhadas e reinventadas, brincadas, poetizadas?

Tenho sim, uma vara.

 E a consagro ao senhor!

 E fico feliz, porque tudo depende das palavras, 

até  mesmo nas entrelinhas. Elas dizem muito mais até, 

 no que não  dizem abertamente!

Assim, eu desafio aos leitores deste texto, a procurarem

a vara que tem à sua disposição.  

Procura se preciso!

 Pode ser a tua disposição 

 em doar, em arrumar, em ensinar, cantar, pintar, orar!

Deus quer a nossa disposição.  

O resto ele faz. Foi isso

 que ele mostrou a Moisés.

  E quer mostrar a nós.

  Que vara você  tem nas mãos?


Anedy Belisario

Indagação

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

 Por que não  nos ensinaram

a viver com receitas prontas?

seria mais fácil aprender.

Ou, então, ensinar

a gente inventar.

Seria t~so mais fácil!

Eu criaria um jeito novo

de amar!

SUPOSIÇÔES

 Às vezes sonho.

Às vezes gargalho,

Às vezes até ralho

comigo mesma.

Às vezes olho no espelho

e não me vejo.

Porque vou existindo

para dentro, a cada dia.

A asia me lembra a

indigestão.

Comi vida demais?

Ou morte?

Às vezes acho que sim, 

que morri...

CONTEMPLAÇÃO

 Já contemplou o nada?

Já ficou parado (a),

olhando o vazio....

procurando as cores

e o cinza existindo

persistindo?

Então sabes do que falo.

De um coração sozinho.

De braços sem laços

sem abraço.

É meu dia!

Filosofando

Às vezes o silêncio é

sufocante para 

preencher o texto.

As reticências representam

os suspiros

as inquietações emudecidas.

E quer saber? O grito

não sai. Mas a alma

sabe que me está escoando.

Por que dói tanto

aprender a ser?


Carta à Cecília

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

 Querida amiga das palavras,

portanto, minha amiga!

Hoje li alguns trechos

seus que me comoveram

o coração: você diz que

aprendeu com as primaveras,

a deixar-se cortar e a voltar

inteira, sempre!

Achei tão linda essa entrega

à necessária dor do cotidiano,

para melhorarmo-nos!

E quando dizes que nunca

fez esforço para ganhar nem

se espantou pelo poder, sentí-me

tua irmã! Porque também

concordo que um instante 

é bastante para a vida toda!

Obrigada, porque certamente

as tuas palavras derivaram

algumas minhas. Me motivaste 

a cantar a poesia com a certeza

de que a razão não é tristeza

nem alegria. Simplesmente poesia.

A canção é tudo, aprendi.

Pois tem sangue e asas ritmadas.

E quando estiver muda,

Outros cantarão, nossas palavras!

Ano atípico(2020)

 Houve inverno e verão?

Só lembro que não houve

outono ou primavera.

A cada aniversário

oramos à distância,

e desejamos" felicidades"

pelas redes sociais.

A cada chuva, um riso

de esperança, pensando

possibilidades da água 

corrente,levar o indesejado

invisível!

Houve inverno, sim!

Lembrei do alimento do inimigo.

Mas, e o verão?

Ouvirão a quem pregue

esta esperança? O outono 

subsistirá sozinho?

Os frutos já estão escassos.

É preciso novas flores.

Novas folhas, novo tempo,

esperamos um ano típico

de muita fé! Dois mil e vinte

e um...

Poesia interrogativa

 Alguém pode aconselhar

o mar e convencê-lo a

ser mais compreensivo?

Podem me responder

por que tantas rugas

acompanham os anos?

por que se formam buracos

nas rochas e nas estradas?

E por que às vezes

caímos no próprio caminho?

Será preço ou consequência?

Que diferença haverá

entre resultado e castigo?

Que ciência me instruirá

da vida, se desmedida

 a vivo,  sem saber viver?

As respostas que procuro,

virão, ou tenho de encontrá-las

sozinha? Será por isso,

tanta solidão?

Acordo às vezes no meio

da noite, sem ter adormecido.

E durmo às vezes pela tarde,

sem ter acordado de manhã.

Quem me desvira desse avesso?



Dentro da gente

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

 Dentro da gente

está um mundo

do tamanho que a

gente faz.

Quão infinito é o nosso 

sonho ou o nosso

pesadelo.

Dependerá do nosso

cérebro e do nosso

coração.

Um sugere, outro

alimenta.

E disso dependerá

a vida e a morte!

Algo novo

 Eu quero o novo

que tenhas para mim.

Porque enfim, quero

saborear a tua presença

de forma plena,

quero teu algo novo,

Quero teu renovo em mim!

Faz-me ungida

para servir ao

meu senhor...

Algo de essencial

 A menina que eu fui,

morreu.

Onde estará?

Ela desejava crescer

mas nem imaginava

que crescer, desfaria

seus amores e fantasias

infantis.

Pra onde foram

"nós dois"

quando minha infância

morreu?

Algo de essencial, morreu!


MELHORAR O TEMPO

 As cores de agora

são as mesmas

 dos anos passados/

Acho que algumas morreram,

o negro e o cinza

predominaram.

o verde da esperança

amarelou. E o amarelo,

também desbotou.

O arco-íris enfraqueceu?

Eu só desejo novas tintas

para fortalecer minhas cores

e melhorar o tempo...

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