Stress poético

terça-feira, 29 de outubro de 2019

Estou farta de palavras
Melosas
Adocicadas
E conformadas.
Conformistas.
Para combater as adversidades dos
Discursos contemporâneos
Precisamos de palavras firmes, sem açúcar ou adoçante.
Que sejam amargas
Azedas, sem sal se
 preciso for.
Contanto que acordem
Que sirvam de espelho
E que combatam a inércia.
Nem sempre rima a poesia.
Às vezes,  feita de sintomas. E outras, de cirurgias.
Para retratar ou retomar a identidade dos sujeitos.
Cidadania é  uma palavra perdida, de tanto mel e tinta.
E a resiliência? Querem substituir por conformismo ou conformidade? Precisamos de um novo dicionário. De resgate às  essências.
Na,palavra brasileiro tem brasa, tem brasileiro.
Tem Brasil. Ingredientes para acender o fogo e limpar a terra.
E começar  de novo.
Mas muitos preferem
Viver de utopias, de palavras  de promessas. E põem  a esperança  como palavra de voto. De enterro.
E os sem terra nem percebem.
"Ai quem me dera  chupar uma carambola de verdade.
E ouvir um sabiá  com certidão  de  idade".


Loucura

domingo, 27 de outubro de 2019

Seria a lucidez escondida?
Pelo quê? Uma luz que se acende, ou se apaga?
O que se paga para ver?
Por que ela remete ao medo, como um mundo submerso de tamanha subetividade.
Uma palavra apenas! Mas embebida de um mundo desconhecido...onde a sanidade se confunde: os loucos são loucos? Ou loucos são os que se dizem lúcidos?
Há uma linha divisória entre verdade e mentira, liberdade e prisão
Vida e morte.
Tristeza e alegria. E uma agonia entre os espaços.
O que eu faço ...é escolher .
Sonho ou realidade? Qual a diferença?
Isso tudo é uma loucura sem fim. Entre ser e existir.

Leve esperança

Levar esperança é como construir uma leveza através da boa notícia!
É chegar junto de alguém
Abraçar...olhar com amor e dizer: Deus ama você! A esperança é uma herança rara. Está na mão estendida e no passo compartilhado. No caminho dividido, na leitura e na contagem reforçada de amor.
Levar esperança é um pouco como dar suporte.
Tentar sustentar o outro. E assim, receber esperança também, para continuar levando...

Em familia

Tenho que comparar a oração ao convívio familiar. É meu pai.
Sei que às vezes lhe entristeço. Eu não queria. Mas aí, toda vez que lhe peço algo, e não me dá..a principio, emburreco,birra de filho, que só entende o bem, depois. Outras vezes, fecho a cara, nem converso. isso, sem falar de quando bato o pé, digo que quero assim mesmo, que todo mundo tem. Que até os pródigos têm e eu todo dia em casa, não tenho. Por que não me dá? E nessa birra não percebo o doce olhar de misericórdia, mandando esperar. Eu também sei que há momentos de intenso e sincero quebrantamento, quando adormeço nos braços do pai que tudo perdoa!
É quando a calmaria se derrama no seio da familia.
Pai, quero uma coisa nesta manhã: fecha a porta. Não deixa eu sair daqui, desse aconchego de paz.
E sabe o que meu pai respondeu?
Vai! Leva essa esperança! Espalha minha paz!.
Então, vim aqui dizer: ora! Sem cessar. E então duvido, que não leves a esperança. A paz é consequência...

A oração libera Deus

Quando desabafamos nossas derrotas e as do mundo em nossas orações,
E nos recusamos à resignação do mal, demonstramos "fé na terra"
Quantos podem passar, antes que nossas orações tenham resposta?
Gerações inteiras. Quantos judeus morreram enquanto oravam por um futuro melhor? Milhões definharam em campos prisioneiros antes das cortinas de ferro se desfizessem. Quantos cristãos ainda sofrerão, enquanto fora dos muros ocorrerão avivamentos, ganhando força? E numa perspectiva individual, quantos vitimados pelo abuso, imploram pela cicatrização de suas feridas e acordam meia
noite, sentindo os mesmos machucados?
E todos os dias, essas pessoas se levantam para lutar de novo, as mesmas batalhas.sem trégua. Será que Deus está ouvindo estas orações?
Deixa eu lembrar somente que esses fatos é que têm levado essas pessoas a orarem com persistência.
O mal aparece como uma enorme e forte grade de ferro. A oração bate nela como um grande martelo, dando golpes. As portas não avançam. Elas esperam o ataque.
E nossas orações podem parecer tão insignificantes quanto os golpes de martelo nessa grade. Mas a promessa de Jesus é nossa! As portas do inferno não prevalecerão. Certamente cairão. Partirão em mil pedaços. É qundo entenderemos que a oração libera Deus. E que Ele é!

Dúvida poética

Às vezes, na maioria das vezes, um domingo.
Algumas palavras fogem.
Outras zombam, judiam:
A solidão, a ironia, a insensatez.
Eu nem respondo. É num domingo mesmo. Quando você pára. Mas que descanso? Se a seu lado, ninguém!
Amém é a oração.
Dizer por quê?
Não há perfume. Só o odor do gaz, o fogão está ligado . Há café, pão, manteiga. Não falta comida. O que falta é amor!
Ah, solidão que dói, que queima, que destrói!
Vai embora. A salvação é o livro. Talvez me encontrem outras palavras. Que me revistam, me levantem. É...todo domingo passa. A semana segue. A vida segue.

RETALHOS

Eu me retalho em pedaços aços de mim, para percorrer meus espaços e tornar- me igual a cada um!
Cada um que me passa, me visita, me irmana.
Sou retalho de toda cor e me orgulho da ornamentação humana de que sou feita. Se não enfeita o racista, o preconceituoso, que pena! Porque existe uma beleza na diversidade que nos completa: a diferença! Ela forma uma crença singular que nos iguala! Somos todos de carne e osso. Posso repetir: somos todos de carne e osso. Teremos todos o mesmo fim humano: a morte! Mas isso nos dá um norte, diante de tal fragilidade: diferentes ou não, a vida, tão curta, é pra ser vivida com intensidade e amor. De toda cor, toda raça, toda garra. Todo mundo defendendo a diferença e lutando pela igualdade. Afinal, "depende de nós", esse mundo ainda ter jeito.
O convite está aberto.
Mais um ano de alerta! Ou Você garante a diversidade, ou assina a ignorância! Deixando no ar o perfume da igualdade ou a fragrância da incompetência. De toda forma, é uma escolha. Eu escolhi ser diversa e única!
Em retalhos.

Negociação

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Às vezes me pego pensando...em como tentamos negociar com Deus, nas orações.
Penso em Abraão naquela tentativa de livrar seu sobrinho Ló.
Ele sabia de sua parceria com Deus, qual o seu papel nela.
Às vezes chamamos de voto ao Senhor. E nem sempre cumprimos à nossa parte!
Mas o fantástico nessa oração de Abraão, é que conseguiu do senhor o que queria: a salvação de seu sobrinho.
O interessante nesta oração, é que sempre me pergunto, o que teria acontecido, se Abraão tivesse continuado orando? Se ele tivesse sido um negociador mais duro e perseverante? Teria conseguido a salvação de toda uma cidade?
Deus era tão rápido em concordar com cada ponto!
E fico a pensar se Ele não estava esperando apenas que Abraão fosse ousado o bastante, para expressar um instinto de misericordia tão profundo como a de si próprio?
Só sei da grandeza de sua paciência e fidelidade.
E perdoa a nossa rebeldia e iniquidade. E gosta de nosso apelo à sua misericórdia.
Pai, salva nossa nação, por amor aos justos que há nela!

MAIS DO QUE SUFICIENTE

Nunca fui no colo do meu pai. Ele impunha uma imagem de respeito, que ultrapassava a intimidade.
E cresci tendo dificuldade de ir ao colo de Deus, de adentrar seu quarto, me aconchegar no seu leito, dormir em oração.
Mas Jesus também salvou esta situação. Toda vez que o vejo com Pedro em Tiberiades, conversando sobre o amor...eu ocupo o lugar de Pedro. Me imagino segurando às mãos do mestre, e lhe dizendo:
- Senhor, tu sabes se te amo!
E me vejo no colo do pai: " quem vê a mim, vê o pai que me enviou".
"Ninguém vem ao pai senão por mim"!
Isso tudo, essa forma de orar, neutraliza minha solidão. Tenho aprendido a me comprometer. A entender que Ele, me é mais do que suficiente.

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