Reflexões da meia noite

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013



Esmureço diante do tempo,
das rugas que crescem
dentes que enfraquecem,
vistas que vão escurecendo.
Dará tempo de começar e concluir
meu curso de Filosofia?
Expressarei pelo menos
aos outros, a calma?
Serei referência de firmeza?
Ou minha insegurança se
denunciará maior?
Há muito venho suspeitando
a velha em mim.
Eu que a abomino
que recuso seu verbo?
Ah, quem dera, recomeçar o dia!
E fazer desde a nascença
apenas adoração.
E gritar apenas de fome.
De Deus. E de sua inserção em
mim, até que eu sumisse pra sempre.
Estou, suponho, onde está minha alma.
E embora calma,anseio explicação da
minha vida. As experiências se
multiplicaram em dor, em sofrimento.
E eu só lamento não ser boa
de aprender lições.
Continuo perguntando em minha
rota filosofia: Quem sou?

1 Comentário:

Epitácio Carvalho disse...

Lindo poema! Tenho a impressão de que, em algum momento da vida, um homem ou uma mulher terá uma vontade irresistível de dizer, pra si mesmo, o que este poema brilhantemente expressa.
Mas tal expressão, tão necessária a nós, fica a cargo dos poetas, como agora ficou a cargo da grande poeta Anedy Belisário, que acaba de escrever um poema que todo homem, toda mulher, terão um dia a necessidade de recitá-lo para o íntimo de suas almas.

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