Utopias e águas

terça-feira, 23 de junho de 2020

Sentir que pode voltar a infância.
O cheiro do café sendo feito,
lhe dando validade de acordar
 e levantar.
pai e mãe jovens, sem cheiro de
morte ao redor.
Navegar as faíscas da manhã
sem se preocupar com a tarde
ou à noite. A leveza de estar vivo e
de que o tempo ...é a gente que faz.
será que ela, (a manhã), continua
ali? no pátio da escola onde
brincávamos de amarelinha?
no "guarde o meu anel,
bem guardadinho"?
ainda posso sentir os almoços à mesa.
sem celulares por perto. Um ritual
sagrado de encontro com a família.
O quintal cheio de árvores, plantas, cachorros,
galos, galinhas e pintos, gatos!
A comida dava para todos.
 O riso e a correria. O esconde esconde.
Meu Deus! Por que me cheira
a utopia toda esta existência?
sentir a vida pulsar, abraçar, beijar, virou utopia?
Então meu verso será um só:
Misericórdia!

Comentários:

Postar um comentário

Tecnologia do Blogger.
 
any, a poetisa © Copyright | Template By Mundo Blogger |