Hoje venho a um poço de uma história de inclusão.
Um encontro improvável de um judeu e uma samaritana.
Anedy e Jesus? Gosto de interagir com as histórias que têm probabilidades. Sim, posso ser como essa samaritana, precisando ser lembrada do meu prestígio. Afinal, ele se entregou numa cruz...em meu lugar!
Trago esse poço como cenário para nosso encontro de hoje! Consigo imagina-lo me pedindo água. Não tenho o histórico dela, meu contexto é outro. Então eu diria, caso fosse hoje mesmo e eu conhecesse a história: "mestre, eu sabia que virias." Estou a tua espera desde a infância, quando me contaram de que aqui aconteceu há muito tempo um encontro fantástico entre você e uma mulher, perdida como eu! Obrigada, por vir. Não decepcionas a ninguém que te espera. Sei que sabias a hora. Sempre sabes. Eu sei que tens a resposta para todas as minhas perguntas. Mas você estar aqui... já me responde a todas elas. Sabia que me admiro de teu silêncio em determinados detalhes da história? É o que mais queria aprender: calar e falar sempre no momento exato. E olha, este poço hoje é como o poço dos desejos. Não para jogar uma moeda. Mas a promessa de um coração que se entrega ao seu dono." Quero beber em teus tios senhor". Para poder fluir tuas águas aonde eu for.
Será que alcanço alguém com as gotas de minha poesia? Eu não sei. Olha, tagarela que sou, nada deixei que falasse até agora. Perdoa-me! Vou ficar aqui quietinha. Sentar-me-ei neste poço agora, e te ouvirei. Só te ouvirei.
_"Fala, senhor. Porque tua serva ouvirá."
Anedy Belisário
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