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terça-feira, 27 de março de 2012


Quero dizer-lhe
onde bebo
quando a minha
sede ataca por
mais poesia:
no silêncio,
que é onde vou
encontrar aquele
monte de gente
que me trazem palavras:
adélia e camélias,
Drummonds e mundos
Cecílias e milhas
pessoas que ressoam
vinicius, fernandos e
veríssimos, verdadeiríssimos

rios fluentes de Rubéns, de bens
de Clarices lispectores e
aspectos de mim!
Eu me conheço.
Com todos esses
dentro do meu silêncio
começo a gritar.
Posso não cantar
mas conto poesia
a alma inteira.

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