Vim saudar os pingos da chuva
no telhado que me acordam, mas
me deixam sonolenta.
Vim agradecer a prisão doméstica
que me proporcionam e me aproximam
do papel, da tinta, das palavras que se
esquentam em volta do calor do chá, do café,
da sopa aconchegante.
Vim trazer uma dedicatória ao calor das
brasas, no fogão de lenha, à mãe na beira
do fogo, preparando refeição, e a feição
do pai, de homem realizado,
só por ter uma família.
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