A uma amiga

sábado, 13 de novembro de 2021


A vida é como um passageiro vapor. Mas por mais que conheçamos esta verdade...a dor da morte nos desconserta e nunca compreendemos o ciclo natural da existência. 

O poeta Drummond diz num de seus poemas que gostaria de criar uma lei de que as mães nunca deveriam morrer. 

Como o entendia neste poema! Mas compreendi com o tempo que não é necessário essa lei. Elas não morrem mesmo. Ontem ainda eu conversava com alguém sobre a minha mãe quando vi o quanto está viva na minha saudade.

As vezes me vejo repetindo gestos que eram dela. Lembrando de conselhos que me dava! Se brincar, sou pura extensão dela, na versão modificada de agora. Então posso te garantir que mães não morrem. O tempo as roubam de nós. Ou o céu as leva por serem muito especiais!

Eu vim te desejar força e dizer que o que conta mesmo é o que se deram, se ensinaram...na cumplicidade entre filha e mãe. O Espírito santo que tudo vê, tudo sabe... já tá preparando o teu coração para conviver não com a ausência, mas com a presença de forma diferente. Mãe é assim. Sabe todas as formas de se fazer junto. Na saudade, é como um abraço leve...cada momento de dor! Deve ser Deus que toma a forma de seus braços e nos vem socorrer.

Sinta esse abraço agora e fique em paz.

E lembre que também estou aqui...




Anedy Belisário

Comentários:

Postar um comentário

Tecnologia do Blogger.
 
any, a poetisa © Copyright | Template By Mundo Blogger |