A composição e a psicologia

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Saio de um poema,
Como quem fez terapia.
A palavra cristalizada
Me faz ver um tanto claro.
E como pássaro começo a desabrochar.
Talvez como a roupa vazia que despi, essa folha em branco, me incite o verso, me envie ao sonho.
Eu me escondo onde nada existe e onde a liberdade é nômade.
E como meu tempo não tenha noite, nem dia...Também não tem fonte nem fuga.
Sem fuga, nada flui, só o silêncio.
Ai este espaço em branco corre o risco de tornar-se cinza ou sal. Açúcar?
O limão, a pedra, o sol, a pele,tudo pode virar ilusão.
O poema está a ponto de explodir e eu, eu percebo que é disso que preciso: de uma psicologia que crie do nada. Que salve a alma da possibilidade somente do existir, do dizer. A palavra tudo faz e cria! O descuido ficará aberto. Qualquer hora é hora de entrar neste quarto. Papel em branco, caneta sangrando. Libertação! A poesia brota vida e sanidade. Realidade? Talvez. Pergunta a psicologia!

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