Céu de bronze

terça-feira, 2 de março de 2021

A cada morte que é anunciada

de um enti querido,
amigo ou parente, meu céu
nubla a cor. E se reveste 
de bronze. A tristeza é cinza.
O arco-íris se desmancha!
Uma vida jovem se foi.
No ar, interrogações gigantes
se avolumam. Por quê?
Para quê? como assim?
Era isso mesmo?
O que eu precisava ter feito?
O que poderia ter dito?
O silêncio grita.Cortinas me escondem.
O universo parece ermo inteiro.
A imagem que prevalece
é dor. Lágrimas. E uma saudade
que já começa de um tempo que
não terá fim. Por quê?

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