Às vezes me escondo em mim mesma. Um lugar não tão seguro, mas dificil de me emcontrar! Coração acelerado, em fuga. Só eu me vejo. Mas nem queria. Sabe quando você tá feia? Só, gorda, impotente, descontente? Tantas palavras pesadas lhe sufocam: tristeza, desamor, solidão, dor, morte, fim, desgosto, desespero...meus cômodos nem cabem mais. Lágrimas cansaram. Procurei o desejo escondido lá no findo do coração e o trouxe aqui nesse poema, ver se encontrávamos esperança por ai, mesmo desbotada. O silêncio me interditou e eu vim pra cá, dentro do mosquiteriro. Um cheiro de nada me abraça e cá estou eu, a olhar o teto, calada. Medo das palavras. Ou elas de mim!
Sem disfarce
segunda-feira, 9 de março de 2020
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